MEDICALIZAÇÃO E PATOLOGIZAÇÃO DA INFÂNCIA: O NASCIMENTO DE UMA BIOPOLÍTICA DA EDUCAÇÃO
DOI:
10.5281/Palavras-chave:
Medicalização, Patologização, Educação, InfânciaResumo
O presente ensaio apresenta uma breve reflexão acerca do encontro entre a educação em seus espaços formativos, os saberes da Educação e o discurso patologizante e medicalizador da infância, na produção de uma biopolítica. Alcançar êxito na promoção do equilíbrio e harmonia escolar não parece uma tarefa fácil, pois a inquietação, o desconforto e a irritabilidade infantil, enquanto aspectos naturais do desenvolvimento humano desconcertam a instituição que promete conter e organizar comportamentos. A partir disso, observamos a necessidade de refletir sobre o nascimento de uma biopolítica da educação disposta no contexto escolar, não no sentido foucaultiano - disciplinar, mas vinculado aos moldes da sociedade do desempenho, onde é exigido da criança alta performance e adequação à política dos comportamentos normais institucionalizados. Então, surge a seguinte questão: Como a educação elabora dispositivos para identificar comportamentos patológicos e passíveis de medicalização no contexto escolar? Este estudo contou com a metodologia de natureza qualitativa, com os procedimentos relacionados a este tipo de pesquisa, além, de uma revisão bibliográfica acerca da temática, em livros e artigos científicos especializados. Concluímos que, a Medicina, a Psicologia e as tecnologias farmacológicas, elaboram pesquisas de grande relevância e valor prático para a vida e melhoramento humano, no entanto, a Educação possui ferramentas formativas para a potencialização das habilidades dos sujeitos inseridos no contexto escolar e isto favorece as aprendizagens, curriculares e para vida.
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