DA BRUTALIDADE À ESCREVIVÊNCIA: CORTES CIRÚRGICOS NA CONSTRUÇÃO DAS REALIDADES OUTRAS
DOI:
10.5281/zenodo.10724376Keywords:
Subjetividade Negra, Resistência, Ética, Vidas Negras, EscritaAbstract
Este manuscrito se propõe como uma análise crítica centrada na escrita e em seu papel político-social, visando contribuir para os estudos sobre a subjetividade negra contemporânea. O foco recai sobre a escrevivência e o cuidado de si como expressões de resistência negra nas tecnologias da escrita. Explora-se a experiência negra como uma fronteira material que conecta palavra e vida, fundamentando a escrita em uma ética permeada pela sintonia entre existência e expressão. A escrevivência é delineada como uma técnica específica da escrita de si, representando uma resistência que aspira a modos alternativos de vida. Nesse contexto, considera-se a escrita como um instrumento de visceralidade, onde a performance e os gestos da escrita desempenham uma função etopoiética. Este estudo teórico se embasa em descobertas provenientes das pesquisas foucaultianas, dos estudos decoloniais e das proposições sobre o "Racismo Estrutural" elaboradas por Silvio Almeida (2019). A abordagem adotada está alinhada aos princípios da Psicologia Social Crítica, reforçando que, assim como a escrevivência proposta por Evaristo (2017), a escrita se entrelaça com a força de uma resistência negra. Esta resistência não se limita apenas à esfera macropolítica, estendendo-se às micropolíticas, sendo crucial para abordar as dimensões individuais e estruturais no enfrentamento do racismo.
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