HELENA GONZAGA COMO REPRESENTATIVIDADE FEMININA NAS CANÇÕES DE JOÃO DO VALE
DOI:
10.5281/Palabras clave:
MPB, feminino, Helena Gonzaga, João do ValeResumen
Este artigo tem por propósito realizar uma reflexão sobre a contribuição feminina na literatura musical brasileira, à luz de autores que analisam a figura feminina. Mesmo essa pesquisa se atenuando em um recorte temporal já do século XX e tendo como nicho as músicas de João do Vale, verificou-se ainda pouca participação de mulheres em colaboração de suas obras, apontando apenas Helena Gonzaga como contribuidora de forma explicita em apenas duas canções das tantas de João do Vale. O estudo foi dividido em três sessões, para melhor compreensão da temática. Inicialmente, na primeira sessão, traz Helena Gonzaga “a madame do baião”. Na segunda sessão, a arte através da história de João do Vale e na terceira sessão, a conquista da mulher no espaço musical brasileiro, apontando o processo de construção musical da mulher brasileira, em que são evidenciados aspectos imersos no universo da cultura popular. Para tanto, objetivo geral deste estudo foi evidenciar a participação feminina relacionando Helena Gonzaga com as composições de músicas com João do Vale nos discos gravados em formato LP lançados por gravadoras nacionais. Assim, utilizou-se da pesquisa qualitativa do tipo documental a exploração de fontes de pesquisa secundária, buscando em plataformas nas quais traziam em seus conteúdos a discografia que permitisse não só ler as letras das músicas como também outros detalhes. Como resultado foi possível perceber que nos 03 (três) discos gravados em formato LP lançados por gravadoras nacionais de João do Vale entre 1977 a 1994 há apenas 02 (dois) discos com a descrição de uma única mulher como compositora junto com João do Vale, Helena Gonzaga. Conclui-se ainda Helena Gonzaga contribui de forma explicita em apenas duas canções das tantas que João do Vale compõe e ainda essa participação é por muitos críticos um fato desconfiável, já que alegam que esta servia apenas como um escudo/fantoche de Luiz Gonzaga, uma tentativa de também diminuir Helena que certamente é devido ao sexo biológico na qual pertence, já que no imaginário social o papel da mulher é aquela de coadjuvante ou aquela que sempre aprecia, sem a capacidade de também contribuir.
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